Sistemas Especialistas
Os sistemas especialistas são programas destinados a
solucionar problemas em campos específicos de conhecimento. Estes programas
devem ter desempenho comparável ao dos especialistas humanos na execução dessas
tarefas.
A maior capacidade de um Sistema Especialista
consiste em sua especialidade de alto nível que auxilia na solução de
problemas. Este conhecimento especializado pode representar a experiência dos
melhores peritos no campo. Sua especialização de alto nível, juntamente com a
habilidade de aplicação, torna seu custo competitivo e apto a ganhar espaço no
mercado comercial. A flexibilidade do sistema também auxilia, pois ele pode
crescer incrementalmente segundo as necessidades do negócio ou organização.
A formação de um sistema especialista é basicamente
composta por três componentes principais:
Base
de dados - responsável por armazenar os dados pré-levantados
e as possíveis respostas de um determinado conjunto de entradas, é também chamada
de base de conhecimento;
Conjunto
de operadores - são mecanismos que fazem as buscas na
base de dados a fim de encontrar respostas aos dados informados inicialmente;
Estratégia
de controle - que assim como uma árvore binária, é a
responsável por facilitar a localização do conjunto de operadores, restringindo
a base de dados a um subconjunto de metas, a fim de diminuir, a cada dado
fornecido, a gama de possíveis respostas aos problemas especificados (BARRETO e PREZOTO,
2010).
Um sistema especialista pode ser aplicado em:
ü Sistemas
de diagnóstico;
ü Sistemas
de planejamento;
ü Sistemas
de previsão;
ü Sistemas
de controle;
ü Sistemas
de Instrução;
ü Sistemas
de Interpretação.
Classificação
dos Sistemas Especialistas
ü Sistema
Especialista de Interpretação
Esse
sistema fornece a descrição de situações de solução para determinados
problemas, realizando uma análise nos pontos chave do problema e relacionando
com situações parecidas que este tenha em sua base de conhecimento. Assim, é
possível fazer uma análise por aproximação das causas que sejam parecidas com a
causa do atual problema, e oferecer uma solução equivalente a de outros
problemas apresentados.
ü Sistema
Especialista de Diagnóstico
São sistemas que apontam
falhas provenientes da interpretação de dados. A análise dessas falhas pode conduzir a
uma conclusão diferente da simples interpretação de dados. Detectam os
problemas disfarçados por falhas dos equipamentos e falhas do próprio
diagnóstico, que não o detectou, possivelmente por ter falhado.
ü Sistema
Especialista de Monitoramento
Explica as observações de sinais sobre
o comportamento monitorado. Verifica continuamente um determinado comportamento
em limites pré-estabelecidos, sinalizando quando forem requeridas intervenções
para o sucesso da execução.
ü Sistema
Especialista de Predição
Este sistema permite uma previsão do
futuro, baseando-se de em uma modelagem de dados do passado e do presente,
fazendo uso de raciocínios hipotéticos e verificando a tendência de acordo com
a variação dos dados de entrada através de mecanismos que possam verificar os
vários futuros possíveis, a partir da análise do comportamento desses dados.
ü Sistema
Especialista de Planejamento
Neste sistema, prepara-se
um programa de iniciativas a serem tomadas para que se alcançar objetivo
determinado. São estabelecidas etapas e subetapas e, em caso de etapas
conflitantes, são definidas as prioridades. Possui características parecidas
com o sistema para a predição e normalmente opera em grandes problemas de
solução complexa.
ü Sistema
Especialista de Projeto
Este sistema tem
características semelhantes as do planejamento, e devem-se confeccionar
especificações capazes de atender os objetivos dos requisitos particulares. É
um sistema capaz de justificar a alternativa tomada para o projeto final, e de
fazer uso dessa justificativa para alternativas futuras ( MANCHINI E PAPPA).
ü Sistema
Especialista de Depuração
Fornece soluções
para um possível mau-funcionamento por distorção das bases de dados e de regras
do sistema. Desta forma, age como um agente de validação de quebra de regras de
um sistema especialista, validando os processos executados dentro do sistema e
identificando possíveis procedimentos danosos ao programa.
ü Sistema
Especialista de Reparo
Sistema
especialista em executar as correções sugeridas pelos sistemas especialistas de
depuração, administrando as falhas que necessitem de paradas de sistema para
conserto e agendando tais paradas para efetuar a manutenção.
ü Sistema
Especialista de Instrução
Essa sistema tem
o objetivo de propor desafios a seu operador, de forma a instruí-lo a realizar
determinadas tarefas, de forma a ensinar sobre determinado assunto a um
possível estudante que opere o sistema. Pode incorporar subsistemas especialistas,
como de depuração ou reparo, para a obtenção de situações parecidas durante a
operação com o sistema.
ü Sistema
Especialista de Controle
Sistema especialista de maior nível de complexidade.
Esse sistema controla diversos outros tipos de sistemas, não somente os
computacionais. Realiza análises baseadas nos sistemas especialistas de
diagnóstico e predição, de forma a determinar horizontes de negócio para os próprios
sistemas especialistas incorporados a ele (BARRETO e PREZOTO, 2010).
Principais Elementos que Compõem os
Sistemas Especialistas
Os principais elementos que compõem os sistemas
especialistas formam uma Estruturação Básica que é dividida em sete partes:
ü Base
de Conhecimento
Local de
armazenagem de todas as regras e fatos dos sistemas especialistas. Compara-se ao
banco de dados de um sistema tradicional ou a área do cérebro humano que armazena
o conhecimento adquirido.
ü Quadro
Negro
Local de
compartilhamento de regras dos sistemas especialistas. Assim como um código em Prolog
que carrega bases de regras na memória do computador, disponibilizando tais
regras para que outros sistemas possam utilizar, o quadro negro compartilha
informações levantadas pela Base de Conhecimento e Mecanismo de Inferência com
os demais softwares que compartilham informação.
ü Mecanismo
de Inferência
Mecanismo
compartilhado entre sistemas especialistas para busca de dados na base de
conhecimento. Tendo a premissa de que as bases de conhecimento são padronizadas
e que os mecanismos de inferência sigam um padrão de busca, o mecanismo de
inferência irá encontrar a melhor solução dentre um conjunto racional pré-determinado
na base de conhecimento, chegando a resposta mais próxima do ideal esperado
pelo usuário.
ü Processador
de Linguagem Natural
Sistema
responsável por manter a interface com o usuário na área de regras do sistema,
de forma a receber e enviar regras ao usuário, da forma mais transparente
possível para o mesmo.
ü Justificador
de Conhecimento
Trabalha com as
saídas do processo de Regras do Mecanismo de Inferência, este módulo é
responsável por detalhar como o sistema chega a determinada conclusão, para
utilizar do Processador de Linguagem Natural e interagir com o usuário e, se
necessário, solicitar ao usuário as entradas de sistema necessárias para a
finalização.
ü Sequenciador
Seleciona regras que serão utilizadas de acordo com
fatos e hipóteses, colocando-as em ordem de execução para que o interpretador
trabalhe com elas.
Com isso, executa as operações Fuzzy necessárias
para desenvolver uma sequência de processamento interno, concluir em uma
resposta e enviar ao interpretador para execução.
ü Interpretador
Responsável por interpretar as regras advindas do sequenciador,
ou seja, processa as informações e regras que lhes são enviadas para
processamento. Logo, torna-se em parte o núcleo do sistema, para que este possa
trabalhar com as informações passadas.
Principais
Benefícios da Utilização dos Sistemas Especialistas
ü
Velocidade na determinação
dos problemas;
ü
A decisão está fundamentada
em uma base de conhecimento;
ü
Segurança;
ü
Exige pequeno número de
pessoas para interagir com o sistema;
ü
Estabilidade;
ü
Dependência decrescente de
pessoal específico;
ü
Flexibilidade;
ü
Integração de ferramentas;
ü Evita interpretação humana de regras operacionais.
Principais Problemas
Enfrentados pelos Sistemas Especialistas Atuais
ü Fragilidade
Pelo fato de os Sistemas Especialistas terem acesso somente a
conhecimentos altamente específicos do seu domínio, eles não possuem
conhecimentos mais genéricos quando a necessidade surge;
ü Falta de meta-conhecimento
Geralmente não possuem conhecimentos sofisticados sobre sua
própria operação, o que dificulta o raciocínio sobre seu próprio escopo e
restrições. A aquisição do conhecimento continua sendo um dos maiores
obstáculos para aplicação de tecnologia dos Sistemas Especialistas a novos
domínios.
ü Validação
A medição do desempenho de Sistemas
Especialistas é muito difícil porque não é possível quantificar o uso de
conhecimento (FÁVERO e SANTOS).
Exemplos de
sistemas especialistas
ü MYCIN - para diagnosticar doenças
infecciosas;
ü PROSPECTOR
- informações geológicas;
ü LOGIC
THEORIST - provador de teoremas.
Referências
BARRETO, Luiz
Rodolfo; PREZOTO, Marcelo Godoi. Introdução
a Sistemas Especialistas. Disponível em:
<http://www.ft.unicamp.br/liag/wp/monografias/monografias/2010_IA_FT_UNICAMP_sistemasEspecialistas.pdf>
Acesso em: 23/05/2014.
Disponível em: <www.ic.uff.br/~ferraz/IA/Ppt/SistemasEspecialistas/Expert01.ppt> Acesso em: 23/05/2014.
FÁVERO, Alexandre José e SANTOS, Nilson Moutinho dos. Sistemas Especialistas. Disponível
em: <http://www.din.uem.br/~ia/especialistas/index.html>Acesso em: 23/05/2014.
MANCHINI, Daniella Patrícia e PAPPA, Gisele Lobo .
Sistemas Especialistas Disponível em:
<www.din.uem.br/ia/intelige/especialistas/especialistas/index.html> Acesso em: 23/05/2014.
Gostei! Parabéns!
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